Clínica internacional de Vilamoura
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Ouvido de surfista

5 de Fevereiro de 2019

Ouvido de surfista

O aumento da prática de desportos náuticos está a fazer crescer o número de pessoas com “ouvido de surfista”, antigamente chamado “ouvido de mergulhador”, cada vez mais um dos motivos frequentes de consulta em Otorrinolaringologia
Ouvido de surfista

Embora as causas exatas que desencadeiam o “ouvido de surfista” não sejam totalmente conhecidas, tudo indica que a culpa é da exposição prolongada à água fria e ao vento, frequente entre quem pratica desportos náuticos. Ao estarem desprotegidos, os ouvidos ficam constantemente molhados e este facto, associado à exposição ao vento e ao frio, promove o aparecimento de exostoses, ou seja, o crescimento excessivo do osso no canal externo do ouvido. “Antes, era conhecida como a doença do mergulhador porque, antigamente, os mergulhadores tinham quase todos este problema. Hoje em dia, é uma patologia quase exclusiva dos surfistas”, explica à be healthy o Otorrinolaringologista Eusebio Caba. De acordo o especialista do Hospital de Loulé, “todos os surfistas têm maior ou menor grau de exostose”, pelo que é aconselhável a quem pratica desportos náuticos uma visita anual ao médico desta especialidade, para observação e limpeza do canal auditivo. “São patologias crónicas e em casos mais extremos as pessoas têm de ser operadas, porque provoca surdez de transmissão, ou seja, o som não chega ao nervo auditivo”, refere. Na maior parte dos casos, as exostoses não dão sintomas até que atingem uma dimensão significativa. A temperatura da água tem importância no seu aparecimento, mas um fator bastante relevante também se prende com o número de anos de prática. Com o progressivo aumento das exostoses a obstrução do canal vai-se tornando maior, podendo levar a otites externas recorrentes, retenção de água, dor e até perda auditiva. A prevenção passa por usar proteções auriculares sempre que se vai para a água ou, em alternativa, gorros em neoprene ou capacetes. A observação do canal auditivo por parte do médico especialista, pelo menos uma vez por ano, é também fundamental.


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